8 de abril de 2019

JUSTIÇA DE FAFE a origem da alegoria




Em início do século XX, da autoria que ainda desconheço, foi criada uma gravura representativa da “Justiça de Fafe”, que, no dia 1 de Novembro de 1907, o comerciante local, Luiz Nogueira Mendes Moniz, lançou em formato de postal ilustrado.
Com várias edições bem-sucedidas, a imagem da “Justiça de Fafe” foi largamente difundida pelo mundo, e continua a manter uma “fama” centenária ainda muito apreciada por fafenses que têm orgulho bairrista e difundem, dentro e fora de fronteiras, este ex-libris local, símbolo da honra fafense…

Nos anos 70 do século XX, também por iniciativa de fafenses emigrantes, surgiu a ideia de construir um monumento para perpetuar o símbolo maior da “Sala de Visitas do Minho”. A Câmara Municipal apoiou, e a estátua foi encomendada ao artista Eduardo Tavares, que, claramente, se inspirou na primeira gravura conhecida criada na primeira década do século XX.

O Monumento da “Justiça de Fafe”, formado por duas figuras em bronze fundido com 2,20m de altura e cerca de duas toneladas de peso, foi inaugurado, nas traseiras do Tribunal de Fafe, em 23 de Agosto de 1981.

O símbolo da honra fafense, da conhecida “Justiça de Fafe” (Com Fafe Ninguém Fanfe) completa, no final do ano corrente, 112 anos. A fama? Essa tem raízes bem mais profundas que, apesar dos intentos, não vão conseguir anular. Os fafenses genuínos, que sentem o torrão natal, querem manter as suas tradições, a sua identidade histórico-cultural.

   

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