Em início do século XX, da autoria
que ainda desconheço, foi criada uma gravura representativa da “Justiça de Fafe”,
que, no dia 1 de Novembro de 1907, o comerciante local, Luiz Nogueira Mendes
Moniz, lançou em formato de postal ilustrado.
Com várias edições bem-sucedidas, a
imagem da “Justiça de Fafe” foi largamente difundida pelo mundo, e continua a
manter uma “fama” centenária ainda muito apreciada por fafenses que têm orgulho
bairrista e difundem, dentro e fora de fronteiras, este ex-libris local, símbolo
da honra fafense…
Nos anos 70 do século XX, também
por iniciativa de fafenses emigrantes, surgiu a ideia de construir um monumento
para perpetuar o símbolo maior da “Sala de Visitas do Minho”. A Câmara
Municipal apoiou, e a estátua foi encomendada ao artista Eduardo Tavares, que,
claramente, se inspirou na primeira gravura conhecida criada na primeira década
do século XX.
O Monumento da “Justiça de Fafe”, formado
por duas figuras em bronze fundido com 2,20m de altura e cerca de duas
toneladas de peso, foi inaugurado, nas traseiras do Tribunal de Fafe, em 23 de
Agosto de 1981.
O símbolo da honra fafense, da conhecida
“Justiça de Fafe” (Com Fafe Ninguém Fanfe) completa, no final do ano corrente,
112 anos. A fama? Essa tem raízes bem mais profundas que, apesar dos intentos,
não vão conseguir anular. Os fafenses genuínos, que sentem o torrão natal, querem
manter as suas tradições, a sua identidade histórico-cultural.
Sem comentários:
Enviar um comentário