
Folheando velhos jornais da época, nomeadamente “O Desforço”, reparamos que a revolução de 5 de Outubro de 1910, em Lisboa, que pôs fim a um regime monárquico com várias centenas de anos, só foi conhecida, em Fafe, uns dias depois. Foi o próprio director do citado periódico, Artur Pinto Bastos que trouxe a notícia da proclamação da República na cidade do Porto.
Nesta pacata vila de então, poucos acreditavam no sucesso da revolução, até porque nem todos eram republicanos e a informação de há cem anos demorava a chegar.
Foi assim, com quatro dias de atraso, em Domingo 9 de Outubro de 1910, que Fafe improvisou os festejos da implantação da República.
Nesta pacata vila de então, poucos acreditavam no sucesso da revolução, até porque nem todos eram republicanos e a informação de há cem anos demorava a chegar.
Foi assim, com quatro dias de atraso, em Domingo 9 de Outubro de 1910, que Fafe improvisou os festejos da implantação da República.
Diz o jornal “ O Desforço” …”eram 3 horas certas da tarde quando a Comissão entrou no edifício dos Paços do Concelho. Já uma musica tocava a «Portuguesa» e a República era acclamada pelos populares. E dirigindo-se às dependências da Administração foi acto continuo lido pelo secretário da mesma snr. Arthur Teixeira da Silva e Castro o auto da posse, investindo na delegacia do governo provisório nesta villa o snr. Dr. Gervásio Domingues D’Andrade”.
Enquanto decorria a cerimónia, fora do edifício dos Paços do Concelho, na actual Praça 25 de Abril, no meio de muitos vivas, duas bandas tocavam a «Portuguesa», ainda “provisória”.
Enquanto decorria a cerimónia, fora do edifício dos Paços do Concelho, na actual Praça 25 de Abril, no meio de muitos vivas, duas bandas tocavam a «Portuguesa», ainda “provisória”.
Com a Câmara apinhada de populares e o Largo da Villa repleto de gente, José Summavielle Soares fez a proclamação da República de uma das varandas.
Depois, os proclamadores saíram para a rua recebendo entusiásticas saudações das ilustres damas de Fafe, que agitavam lenços e atiravam flores.
Depois, os proclamadores saíram para a rua recebendo entusiásticas saudações das ilustres damas de Fafe, que agitavam lenços e atiravam flores.
“A manifestação terminou em frente á bandeira içada na casa da câmara, onde começou. Quando se hasteou a bandeira, o dinamite estrondou nos ares com profusão.
A Sociedade de Recreio de Fafe hasteou a sua bandeira, cujas cores são as actuais cores da bandeira nacional, que também foi hasteada no Clube Fafense, no Correio" e noutros locais públicos e em casas particulares de republicanos.
Foi desta forma que “O Desforço” retratou a proclamação da Republica em Fafe, faz este sábado 9 de Outubro, exactamente cem anos.
A Sociedade de Recreio de Fafe hasteou a sua bandeira, cujas cores são as actuais cores da bandeira nacional, que também foi hasteada no Clube Fafense, no Correio" e noutros locais públicos e em casas particulares de republicanos.
Foi desta forma que “O Desforço” retratou a proclamação da Republica em Fafe, faz este sábado 9 de Outubro, exactamente cem anos.
1 comentário:
ler todo o blog, muito bom
Enviar um comentário