Brasão de armas, século XIX
Santa Comba de Fornelos ou
simplesmente Fornelos é uma freguesia com profundas raízes históricas.
Vestígios arqueológicos atestam a sua ancestralidade que remonta à pré-história
recente.
Já no século XIII, encontramos
as primeiras referências documentais a “Sancta Collomba”, que alguns
investigadores relacionam com D. Fafes Luz, alferes do Conde D. Henrique,
governador do Castelo de Terras de Lanhoso (1110-1115).
Em 1726 o historiador Xavier
Craesbeck faz referência à Quintã da Luz como sendo uma propriedade fundiária
com raízes medievais. Uma observação superficial do que restou da Quintã da
Luz, leva-nos a ponderar que a torre armoriada no centro do edifício e algumas
pedras de aparelho arcaico dispersas nas estruturas envolventes, podem
significar uma origem mais recuada no tempo.
A estrutura habitacional e
seus anexos, claramente do início do século XVII, com intervenções nas duas
centúrias seguintes, podem ter-se desenvolvido em redor da torre, aparentemente
mais antiga.
Torre ameada e armoriada da Luz
Os Fidalgos da Luz, são
descendentes de Reis Godos, aparentados com a mais nobre estirpe portuguesa.
A família Teles de Menezes foi das mais
abastadas do Minho.
No século XIX, o Dr. José
Peixoto de Magalhães e Menezes tinha fortes motivos para se orgulhar dos seus
antepassados, nomeadamente do bisavô, António Peixoto Teles de Menezes Leite, a
quem D. José I concedeu brasão de armas em reconhecimento dos serviços
prestados à nação.
No último quartel do século
XIX, o “Fidalgo da Luz”, detentor de avultada fortuna, era uma das mais
ilustres figuras do Minho.
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