28 de dezembro de 2014

NO 5º ANIVERSÁRIO DO FALAF MAGAZINE



Por razões alheias à nossa vontade, no passado dia 8 de Outubro, não fizemos qualquer alusão à passagem do 5º aniversário do blogue Falaf. Fazemo-lo agora, no limiar de 2015, um ano que, esperamos, seja profícuo para todos os caros leitores que nos acompanham pelo mundo.
A longevidade do Falaf deve-se também e sobretudo a todos aqueles que, de alguma forma, o apreciam.

Confessamos que já estivemos tentados a desistir… outros, infelizmente, fizeram-no.
Em Fafe não é fácil manter um espaço de informação desafectado, que, de vez em quando, belisca poderes instalados. Contudo, enquanto pudermos vamos continuar esta nossa caminhada sempre focada em Fafe e nos fafenses que amam verdadeiramente esta terra.

Os números valem o que o valem, para o Falaf são meros indicadores de que temos eco e algum sucesso junto dos internautas.
Mais de 3 milhões viram as nossas publicações no Google Plus, as visualizações no nosso canal Youtube ultrapassaram o meio milhão, o blogue vai a caminho das 222.000 visualizações de páginas e outros sítios promovidos pelo Falaf Magazine somam várias dezenas de milhares de visitas.

Sem euforia desmedida, mas com a certeza do significado destes números vamos continuar a falar sobre Fafe… mesmo sabendo que nem todos nos olham com bons olhos.


Reproduzido do "Almanaque Ilustrado de Fafe", 1915



Hoje, como há 100 anos, há coisas que não mudam!      


«Pois eu, só porque faço 5 anos, e porque estou gordinho e satisfeito com a vida, não posso fazer anos sem fazer dores de dentes e perturbações nervosas a muitos cidadãos, poderosos de enxúndias, faladores como fonógrafos, mexidos como enguias.

Faço anos… e é logo uma beiça quilométrica no senhor Chico, no senhor Manel, no senhor Zé, em dezenas de patrícios que eu, afinal, adoro porque me divertem muito com as suas manias, zangas, e alegres disparates. Oiço logo, detrás dos arvoredos: - O quê! Pois o diabo do “Falaf” proguide indiferente aos nossos roncos? Alma de cântaro! Quanta mais raiva lhe temos, mais o mafarrico engorda, vive e desata a rir!

Isso é verdade. Mas que culpa tenho eu em nascer, viver, crescer? Não nascem, vivem e crescem os nabos? E alguém lhes jura pragas? E se consigo ter uma vida alegre e limpa de remorsos, porque é que os invejosos me não imitam?

Seja como for, faço 5 anos “festejados por amigos do mundo inteiro,”… Cá em Fafe é que mais alapardam os maldosos e invejosos. São pertinazes como calos. Vivem de denegrir, odiar, morder. E alguns nem reparam na tristeza – que muito me comove – de já não terem dentes…»

Texto adaptado do “Almanaque Ilustrado de Fafe”, 1915




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