Após um longo período de mau
tempo, com várias tempestades a fustigarem o território, eis que, finalmente,
apareceu um domingo solarengo a convidar para mais uma viagem pelo património fafense, e foi o que fiz, na
companhia de um punhado de fiéis companheiras: Minha mulher, Carina, minha
filha, Sara e as máquinas e lentes fotográficas que me acompanham, quase
sempre.
A pé, saímos de Santo Ovídio em direcção ao lugar do Paço, onde fizemos a primeira paragem, para registar um arruinado alpendre e eira, pertencente à igualmente abandonada casa do Paço, um testemunho da ruralidade perdida na periferia da cidade.
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Vista o alpendre e casa do Paço, ao fundo, a Capela de Santo Ovídio |
A recente intervenção e o
estado actual de Sangidos roubou-lhe a magia, o encanto de um dos mais
importantes nichos do património fafense.
Estupefactos, permanecemos,
no local, uma boa meia hora para registar o desleixo que ali se verifica.
No actual estado de uma requalificação mal conduzida e inacabada, não tenho qualquer orgulho em ter assinado a placa descritiva da ponte medieval... Miguel Monteiro, autor do texto da outra face da placa, certamente que também manifestaria o seu desagrado... se ainda estivesse entre nós...
As águas do Vizela passavam rapidamente dentro do seu leito.
Na impossibilidade de seguir
pela antiga via medieval em direcção à Senhora da Oliveira de Guimarães,
fizemos “inversão de marcha” e subimos a rua do Senhor do Bomfim até ao pequeno
largo onde foi erigida, em 1778 a pequenina capela do Senhor de Bouças ou
Senhor do Bomfim.
Calcorreámos depois a rua de Fundevila onde deparámos com um belíssimo e bem conservado exemplar da arqitectura residencial setecentista… a data está inscrita sobre uma das gateiras da fachada poente, 1725; “Olhe que nunca tinha reparado nisso e já moro aqui perto há muitos anos! Exclamou o senhor Joaquim.
Após uma conversa fugidia, seguimos em direcção à pista e, pouco depois, surgiu o repto da Sara: Vamos subir até ao alto! Eu já o conhecia muito bem, é o alto do Assento do Rei ou Coroa do Rei, um aglomerado rochoso que o capricho da natureza transformou em pouso real. Valeu bem a pena o “sacrifício” da subida. Do local desfruta-se uma bela paisagem para Santo Ovídio e para Golães.
A rocha em forma de cadeirão serviu para tirar belas fotografias e, por fim, descansar um pouco e ser “rei” por escassos minutos.
Pequena capela barroca do Senhor do Bomfim
Calcorreámos depois a rua de Fundevila onde deparámos com um belíssimo e bem conservado exemplar da arqitectura residencial setecentista… a data está inscrita sobre uma das gateiras da fachada poente, 1725; “Olhe que nunca tinha reparado nisso e já moro aqui perto há muitos anos! Exclamou o senhor Joaquim.
Belo edifício do séc. XVIII, Rua de Fundevila, Bouças
Pormenor do aparelho da fachada poente. Gateira sobre a qual foi inscrita a data de 1725
Após uma conversa fugidia, seguimos em direcção à pista e, pouco depois, surgiu o repto da Sara: Vamos subir até ao alto! Eu já o conhecia muito bem, é o alto do Assento do Rei ou Coroa do Rei, um aglomerado rochoso que o capricho da natureza transformou em pouso real. Valeu bem a pena o “sacrifício” da subida. Do local desfruta-se uma bela paisagem para Santo Ovídio e para Golães.
Panorâmica sobre santo Ovídio
Panorâmica sobre Golães
A rocha em forma de cadeirão serviu para tirar belas fotografias e, por fim, descansar um pouco e ser “rei” por escassos minutos.
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O descanso do "guerreiro" A Capela de Santo Ovídio vista da "Coroa do Rei" |
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