Poucos dias após a
inauguração do Monumento ao Autarca e Poder Local, erigido na rotunda da Rua
Luís de Camões, o elemento central de vidro, foi alvo de vandalismo,
alegadamente por impacto de um projétil. Em tempos, referimos aqui a crescente
agressão ao mobiliário urbano. É quase uma constante nesta cidade. Lembre-se o
recente ataque ao elevador do Jardim do Calvário, os vidros destroçados em
paragens de autocarro, os grafites em património e outros casos que estão à
vista de qualquer fafense. Dirão alguns que é “vandalismo gratuito”… mas não é,
de todo; estes estragos têm de ser restaurados e o dinheiro sai do bolso de
quase todos… dos que ainda trabalhamos!
O vandalismo é mais um
imposto que a população ativa tem de pagar.
Sabemos que as forças de
segurança têm cada vez menos meios e contingente reduzido, tornando-se fácil,
para os selvagens, contornar a autoridade neste e noutros crimes.
Sou acérrimo defensor da
liberdade e da privacidade dos cidadãos… contudo, analisando os crescentes
casos de selvajaria nesta como em outras cidades, vejo-me obrigado a aceitar a
vídeo vigilância em pontos fulcrais da urbe… afinal já somos gravados na
maioria das superfícies comerciais!
O que está aqui em causa é
evitar que o nosso, por vezes escasso, dinheiro tenha de pagar a fatura dos
estragos de um punhado de energúmenos, parasitas de uma sociedade cada vez mais
pobre, também por sua culpa.
Temos de ser mais
interventivos, assumir o nosso papel de guardiões da riqueza patrimonial que
herdámos e continuamos a criar para as gerações vindouras. Este é um dever que
todo o cidadão deve cumprir, independentemente de ideologias, pondo de parte a,
embora legítima, revolta que o momento actual alimenta.
A passividade e a inércia
não ajudam a resolver estes e outros problemas sociais.
Atentar sobre o património é
um acto cobarde de incultura.
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