Centro Interpretativo foi inaugurado
Em 2008 a aldeia de
Aboim viu o seu moinho eólico recuperado, ao mesmo tempo que criava o Museu do
Moinho e do Povo de Aboim.
Em três anos,
milhares de pessoas visitaram os equipamentos culturais, gozando de um
excecional ambiente natural. A aposta inicial foi ganha e os responsáveis pelos
destinos daquela freguesia quiseram ir mais longe. Durante cerca de um ano,
trabalharam para a renovação do espaço museológico, transformando-o num
atraente e moderno centro interpretativo. Aboim já entrou na rota do turismo
cultural do Vale do Ave e tem vontade de continuar na senda do progresso
sustentado através da criação de outros atrativos que chamem ainda mais
turistas àquele belo recanto da montanha de Fafe.
Inauguração oficial
foi muito concorrida
Na tarde do passado
sábado, dia 28 de abril, dezenas de convidados e grande parte da população da
freguesia, concentrou-se no recinto da escola, desativada em 2006, para assistir
à inauguração de um equipamento cultural renovado e do parque de merendas, onde
faltava descerrar a placa.
A Câmara Municipal de
Fafe fez-se representar ao seu mais alto nível com a presença de Laurentino
Dias, Presidente da Assembleia Municipal, José Ribeiro, Presidente do Município
e dos Vereadores do Ambiente e da Cultura e ainda Vereadores da oposição.
Após uma visita
guiada por Jorge Miranda gestor da Etnoideia ao mesmo tempo que um grupo de
crianças visitava o centro pela mão das simpáticas monitoras Lígia e Anne
Sophie, os convidados juntaram-se no terreiro para proceder aos discursos
introduzidos por António Novais, Presidente da Freguesia de Aboim, visivelmente
satisfeito com o melhoramento que “é uma mais-valia para uma freguesia outrora
pobre e esquecida, quase parada no tempo”.
Políticos e população
estão convictos que esta aposta no turismo cultural vai atrair ainda mais
visitantes que, num futuro próximo, podem contribuir positivamente para o
desenvolvimento económico local.
Intervenção custou
130 mil euros
Na velha escola que o
Estado Novo mandou edificar em 1939, foram investidos cerca de 130 mil euros,
comparticipados em 60% pelo PRODER, a restante verba foi suportada pelo
Município de Fafe e pela própria Junta de Freguesia de Aboim.
A responsabilidade
técnica da intervenção foi da Etnoideia a mesma empresa que fez a recuperação
do moinho e concebeu o museu agora transformado.
O Centro é composto
por quatro espaços distintos: a sala de exposição permanente, com atrativos
painéis de leitura fácil, antigas peças relacionadas com a temática rural e
dois pontos de multimédia onde passam vídeos de recriações de uma ruralidade
perdida concebidos pela associação cultural Atriumemoria.
O “Teatrinho Mágico”
é outro espaço onde o visitante assiste a uma banda desenhada criada em exclusivo
para este Centro. Seguidamente entra-se numa pequena sala intencionalmente
escura, onde podem ser testados os aromas da montanha e sentir, através do
tacto, alguns objectos e produtos da terra.
Por fim a sala
polivalente que funciona como ateliê, laboratório e local de diversão com
variados jogos didáticos. Neste espaço, colorido e bem iluminado, miúdos e
graúdos podem também meter a mão na massa e confecionar pão e bolachas.
Forno comunitário
complementa o espaço cultural
No exterior foi
construído um forno a lenha que pode ser utilizado pela população que ali pode
cozer o seu pão.
Em dia de inauguração
a azáfama era grande. Um grupo de mulheres da aldeia confecionaram broa de
milho e bolo acompanhado de carne e sardinhas, como manda a tradição, para
regalo dos muitos convidados que participaram num lanche que foi também um
convívio onde não faltaram os acordes das concertinas e a voz do Povo que, a
cantar manifestou o seu agrado pelos promissores destinos da sua Terra.
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