O semanário “Notícias de
Fafe”, no seu número 61 de 10 de Maio, publicou um artigo de opinião relativo
às Jornadas Literárias de Fafe (JL), assinado por Diogo Vasconcelos.
Esse texto, inconsistente,
parcial, inoportuno, antagónico… lesa, na minha modesta opinião, o estado da
cultura fafense e ofende profundamente uma larga faixa de pessoas que trabalham
generosamente para uma causa tão nobre na qual eu me incluo.
O articulista põe em causa a
designação das JL citando uma qualquer enciclopédia de Internet, explicando o
óbvio: o significado de literário! O nome do evento, não sendo o mais
importante, é fruto do enorme desenvolvimento e abrangência de um pequeno e
despretensioso projecto iniciado em 2010 na Escola Secundária de Fafe: as 1ªs
Jornadas Literárias de Fafe.
Logo a seguir fala em “25
eventos promovidos pela organização”, demostrando um claro desconhecimento do
programa e respectivas iniciativas que ultrapassaram a centena, espalhadas por
todo o concelho, em todos os Agrupamentos de Escolas, na quase totalidade dos
estabelecimentos de ensino, pelas associações, em instituições, nas juntas de
freguesia… O Diogo não leu as letras pequenas nas agendas, ou então, a miopia
premeditada não o deixou enxergar.
O infeliz colunista voltou
ao conhecimento enciclopédico para deixar duas noções de cultura escrevendo:
“Cultura, para as ciências sociais, é algo com a qual as pessoas se identificam
e que reconhecem como seu”, conceito que assenta como uma luva às JL.
Diogo Vasconcelos não
acredita que “haja, nos nossos dias, quem se reconheça e reveja nos trajes de
lavradeiras do século XIX ou na confraria da vitela”. Contudo, mais adiante
afirmou… “tradição não é algo morto que se relembra com saudosismo, mas antes
algo embebido e que reside nas gentes”, ora esta é uma das virtudes das JL, que
o digam as gentes que nelas participaram aos milhares!
“Vernaculidade”, meu caro,
significa genuinidade, pureza, isso não é bom? É a cara das Jornadas!…
“Tristes e pobres recriações
históricas” diz Vasconcelos que certamente não assistiu a nenhuma, absorvido
talvez pela “wikipédia”. Então juntar muitas centenas de figurantes e milhares
de espectadores é pobreza?
“Triste” é o seu texto que, mesmo não
conhecendo a motivação que o levou a escrever desta forma, denota uma grande
ignorância, no que diz respeito a Jornadas Literárias, a grande festa da
cultura fafense, que, realmente “cheiram a verdade, a tradições, a povo, a
coração a broa e sobrevivência”, como diz o seu mentor e coordenador Carlos Afonso.
Todos temos direito à
opinião, estamos numa Democracia, porém há princípios éticos e normas de
conduta que eu defendo e continuarei a defender. Na qualidade de cidadão fafense, defensor da nossa cultura, quero
expressar o meu veemente protesto pela infeliz publicação, comunicando que vou
suspender funções como editor de cultura do semanário “Notícias de Fafe” até
ser publicado, no mesmo periódico, um pedido de desculpas por parte de Diogo Vasconcelos que ofendeu profundamente milhares de fafenses e muitos obreiros
das Jornadas Literárias, o maior evento cultural de Fafe.
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