Na última reunião do executivo Municipal, em 21 de Outubro passado, antes da ordem do dia. A oposição levantou a questão da “vitela de Fafe”. Outrora ex libris gastronómico de Fafe, que hoje é difícil de encontrar, na sua receita genuína.
Casas emblemáticas como “O Zé da Menina” ou a “Dinâmica”, entre outras, há muito que fecharam as suas portas e desde aí muito poucos são os que ainda confeccionam a famosa vitela de antanho.
“Vitela” de origem estrangeira, aquecida em “micro ondas”, fatiada com “faca eléctrica” acompanhada com batatas fritas, é o que mais se vê pela nossa restauração que parece cada vez mais “macdonaldizada”, esquecendo o saber e os sabores tradicionais.
Exceptuando uma ou outra “tasquinha” que serve esses pratos genuínos (aquelas que a ASAE ainda não fechou), vitela à moda de Fafe praticamente não existe.
O Município de Fafe quer certificar a vitela ao âmbito nacional, mas "tem encontrado dificuldades". Entretanto o líder do executivo autárquico, diz ser “um assunto a tomar a peito” e se não puder ser certificada de forma mais abrangente, que o seja ao nível Municipal.
Seja como for o que me parece importante é não perder esta tradição gastronómica, este Património Cultural, recuperando-a e revitalizando-a.
A receita existe, para conservá-la, legando-a aos vindouros basta “ter peito” e trabalhar nesse sentido junto da restauração fafense ou em alternativa criar um "Centro interpreativo da Gastronimia Tradicional Fafense" com restaurante.
Se entretanto o caro leitor quiser provar uma boa vitela à moda de Fafe, visite a “Tasquinha da Esquiça” e note a diferença.
Fonte: Jornal “O Correio de Fafe” de 29 de Outubro de 2010
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