A Confraria da Vitela Assada
tem como antecedentes o I Festival Gastronómico “Vitela Assada à Moda de Fafe”
realizado em 2000 e que teve como objecto fixar o método e as técnicas de
confecção do receituário e que passam pela utilização como matéria-prima da
vitela de raça barrosã, galega ou cruzada; a apresentação da vitela em naco; a
cozedura da vitela e da batata, em simultâneo e lentamente, em forno a lenha,
de forma a resultar o aspecto “tostado”; a textura do molho com teor médio de
gordura e o tempero não muito forte, uma marinada de vinho verde tinto, louro e
uma ligeira utilização das pimentas.
Só 13 anos depois, por influência da Comissão Organizadora das 4ªs Jornadas Literárias de Fafe, o Município de Fafe, através da Naturfafe, foi possível avançar e levar a bom porto esta iniciativa de valorização do principal prato gastronómico fafense.
De referir que a insígnia da
Confraria da Vitela Assada, constituída pelo seu logótipo, tem como cores base
os castanhos, da cor “tostada” da vitela assada ao sair do forno ou da vara de
pau de marmeleiro, a simbolizar a actividade pastorícia de gado bovino e o vara pau utilizado no tradicional jogo do pau; os amarelos, que representam o
dourado das batatas, que acompanham toda a cozedura da vitela, no forno de
lenha e a tonalidade do pão de ló, também ele cozido no forno a lenha e,
finalmente, o vermelho rubi, que representa a tonalidade do vinho verde tinto
de Fafe e o avermelhado das “pingadeiras” de barro onde se assam, lentamente, a
vitela e as batatas.
A indumentária dos confrades
é constituída pela capa (castanha e amarela), o chapéu (castanho), o
escapulário (tom de prata), com colar de pele castanha e a vara, com a
tonalidade do pau de marmeleiro, representando o pau que os pastores usavam
para tanger o gado e também o instrumento habitual na prática do típico jogo do
pau fafense.
A vitela assada é o prato
típico das quartas-feiras em Fafe, bem como das feiras francas de Maio, estando
já referida a sua utilização na gastronomia local nas últimas décadas do século
XIX, pelo menos.
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