A Câmara Municipal de Fafe acaba de editar mais um
número duplo da revista cultural Dom Fafes (17/18). A publicação tem por
objetivo publicar trabalhos de investigação sobre aspetos da história do
município.
O presente
número duplo da revista Dom Fafes, correspondente aos anos de 2010 e
2011, é publicado sob o signo da República, que se comemorou festivamente por
estes anos.
Desde logo,
o destaque desta edição vai para o trabalho “O Ensino em Fafe durante a
Primeira República”, com o qual o investigador Artur Magalhães Leite venceu a
nona edição do Prémio de História Local – Câmara Municipal de Fafe, atribuído
em 2011 e entregue em 25 de Abril do mesmo ano.
Pretendendo
uma visão de conjunto do período republicano (1910-1926), mas indo um pouco
atrás, ao século XIX, o texto aborda o aparecimento de escolas, de tipos
diferentes de ensino, das dificuldades de instalações, da higiene, das
dificuldades económicas, dos serviços de apoio ao ensino e educação, dos
esforços para mentalizarem as populações como apelativo aos ideais republicanos
através das lições nas salas de aulas.
Ainda na
mesma área se enquadra o texto de Artur Ferreira Coimbra em torno do poeta
Joaquim Vaz Monteiro, o celebrado autor da obra poética O Solteirão de Fafe
(1905) e que, apesar das suas raízes rurais e campesinas, deixou um legado de
apego e louvor, em prosa e em verso, à República em geral e à obra republicana
em Fafe, em particular. E com belíssimos poemas dedicados à então Vila de Fafe…
Outra vez da
República se fala e da sua relação com a Imprensa, tema que a jornalista e
investigadora Nair Alexandra apresentou na sessão solene comemorativa do 101º
aniversário da Proclamação da República realizada na Câmara Municipal de Fafe,
em 5 de Outubro de 2011. “A República e a Imprensa” foi o tema genérico da
comunicação.
No capítulo dos “estudos”, de realçar desde logo um
novo ensaio do jovem historiador Daniel Bastos, sob o título “Doentes,
Enfermidades e causas de morte no Hospital da Misericórdia de Fafe
(1863-1911)”.
De relevar, finalmente, a exaustiva investigação
empreendida pelo fafense D. Joaquim Gonçalves (Bispo Emérito de Vila Real), em
colaboração com o Padre Doutor António Franquelim Neiva Soares e de que resultou
o artigo“Párocos de Revelhe e Padres naturais da Paróquia”.
Trata-se de um longo, bem documentado e exaustivo
trabalho que lista os Párocos que exercerem o seu múnus na paróquia (desde 1220
à atualidade) e os Padres aí nascidos (de 1449 aos nossos dias).
Um trabalho de insofismável grande fôlego e enorme
minúcia investigativa, que enriquece os estudos de carácter religioso.
Este número da revista Dom Fafes está à venda
na Biblioteca Municipal de Fafe, ao preço unitário de 5 Euros.
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