«No coração verde de Portugal, entre o Atlântico e as montanhas, um rio e os seus afluentes moldaram ao longo dos séculos a forma de ser de toda uma região e das gentes: o Vale do Ave.
Região famosa pelo seu vinho verde, pela grande qualidade do seu turismo de habitação, pelos castelos, castros e tradições históricas, pelo seu folclore e pelas concorridas e coloridas festas e romarias, o Vale do Ave revela neste filme uma das suas facetas mais emblemáticas, mas igualmente das mais esquecidas e escondidas: a sua história industrial e o rico património que lhe está associada.
Em grande parte responsável pela significativa fertilidade agrícola do território, o Ave foi utilizado desde a mais remota Antiguidade por múltiplas e sucessivas gerações de agricultores que, domesticando o rio, das suas águas se aproveitaram para abundantes irrigações e utilíssimos aproveitamentos energéticos. Mas foi também o Ave e seus afluentes que, desde meados do século XIX, ditaram o desenvolvimento industrial da região, convertendo-a num dos casos mais paradigmáticos do processo industrial português, promovendo uma estreita relação de simbiose com o mundo e as raízes rurais.
É desta história e do vasto património a ela associada, constituído por antigas estruturas pré-industriais, velhas fábricas têxteis movidas por energia hidráulica, posteriormente convertidas ao vapor, pioneiras barragens hidroeléctricas, oficinas de cutelaria e tinturaria de raízes medievais, linhas rodo e ferroviárias, que nos fala o presente filme, integrado no projecto “Rota do Património Industrial do Vale do Ave” promovido pela ADRAVE (Agência de Desenvolvimento Regional do Vale do Ave” e centrado nos concelhos de Fafe, Guimarães, Póvoa de Lanhoso, Santo Tirso, Trofa, Vieira do Minho, Vila Nova de Famalicão e Vizela.»
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